Aí a Manu foi pra minha casa...

...E eu já não posso mais dizer nada, porque não foi passeio. Foi dentro de casa. ENTÃO É

ESPERA INFINITA

E fomos pra casa da Manu. A mãe dela não tinha chegado então nos sentamos pra esperar ela. Esperamos um tempão. E a Manu: ''Tchau! Eu vou trocar de roupa, tirar essa roupa molhada! Quer vir?'' ''Não! Eu já tô com um vestido que eu coloquei no clube. '' ''Então... 'ficaí!'' E eu pensei: ''Como ela vai trocar de roupa? Não pode ser na rua, a casa tá trancada! A não ser que tenha uma passagem secreta que dá pra casa dela! Mas aí a gente já teria ter entrado lá!'' E passado três minutos, ela voltou: ''Voltei!'' ''Ei, Manu! Cadê seu biquíni?'' Estava na mão dela: ''Aqui!'' ''VOCÊ PULOU O MURO E ENTROU NA SUA CASA?'' ''Não! Eu troquei de roupa aí mesmo!'' ''CÊ É DOIDA? NA FRENTE DE TODO MUNDO?'' "Não! Eu escondi atrás daquela árvore! '' ''Que doidera! '' E, cansadas de esperar, fomos pra casa da minha vó. E só deu tempo de tomar leite até a tia Elizete chegar. 

NO CLUBE COM A MANU

A gente estava em casa, passar o fim de semana lá,  até a Manu ligar me chamando pra ir ao clube. Aí arrumei tudo bem rápido e fique esperando. Mas ela só chegou duas horas depois de eu ter arrumado. E chegamos e almoçamos. Aí depois de esperar uma hora, começou o show. Caímos na piscina. E primeiro fomos à piscina de bebezinho. E eu observei que tinha um menino que escorregava e não caía. Ele deslizava. Eu fui tentar, sem sucesso. Aí também estava lá uns colegas de  sala meus. E o menino depois de treinar a gente bastante nos transformou nos especialistas do deslizamento na piscina. Depois ele nos passou outro desafio: deslizar e sair correndo na piscina toda. Depois de tentar duas vezes eu consegui. Depois eu disse: “Agora eu vou só dez vezes e depois vou sentar ali pra escrever.'' E fui. Mas a tia Elizete tinha ido embora e levado meu relógio, minha caneta, meus óculos, e meu caderno. Voltei pra piscina. E o menino foi embora, então fui brincar com meus colegas de sala e com a Manu. Eles também passaram desafios, mas pra escorregar no escorregador grande. Nó era descer de costa, segurando, deitado, deitado de costas... Ficamos lá muito tempo, e a Manu olhou no relógio e viu que era hora de ir. E fomos.

A VOLTA PRA CASA

E aí eles não cobraram no início. Mas cobraram na volta. E tinha uma moça passando perguntando:''Você já pagou?Pagou?Pagou?'' E ela chegou no tio Seugusto:''E vocês? Pagaram?'' E ele:''Sim!Pagamos embaixo da dona!'' E ela:''EMBAIXO DA DONA? COMO ASSIM?'' E rimos.Depois o Lalau, um amigo nosso, contou uma piada.                                                     

Era um bêbado que tava no ônibus. Como não tinha arranjado um lugar pra sentar, sentou perto de uma moça. Aí ela soltou um pum. E o bêbado:''Ô moça! Vancê peidou aí? Num tem porbema não! Ninguém ouviu! Quer ver? Ô moço! Vancê ouviu a dona peidano?'' ''Não!'' E ele perguntou pra todo mundo no ônibus. E o motorista expulsou-o. E a moça ficou com vergonha e saiu. E ela pegou outro ônibus. E sabe quem tava lá? O BÊBADO! E ele:''Ô dona! Não vai peidar aqui de novo não, viu? Eu não tenho dinheiro pra outro ônibus!'' E rimos!                                       

ESTOU PERDIDA?

O final minha mãe me ajudou e o PS minha vó pediu pra escrever. E vimos a missa, abraçamos o padre Wilson e FOMOS PRA FESTA! Não era exatamente uma festa! Era um lugar que a gente tava indo e lá tinha comida boa de graça. Estava soltando fogos de artifício que estouravam perto da terra. Eu até fiquei com medo. E pra aumentar o medo mais ainda a Manu disse:''Ih, toma cuidado com esses fogos! Uma vez estavam soltando fogos assim perto da terra aí caiu um em um coroinha e a roupa dele pegou fogo!''E os meus tios (tia Fia e tio Seugusto) queriam ir embora, porque o ônibus que levou a gente já tava indo. E a tia Fia:''Isadora, sua vó tá aí no meio do povo e tá na hora de ir embora. Vá procurar ela!'' E eu fui. Eu achei-a e disse:''Vó, vamos! Tá na hora de ir!'' Mas ela só disse:''Espera um pouco! A mãe do padre Wilson vai falar!'' E eu tava segurando a mão dela. E ela se embrenhou no povo segurando minha mão, e fomos esticando o braço até  gente soltar a mão. Aí eu fui na tia Fia falar que a vovó ia ficar mais. Mas ela não tava lá. Tava saindo com o tio Seugusto, embrenhando no povo procurando eu e a vovó. Fui atrás, mas perdi eles de vista. E também não vi a vovó. Entrei em pânico e gritei:''VÓ! EU TÔ PERDIDA! VEM CÁÁÁ!'' E a vovó tava no lugar onde a tia Fia tava e disse:''Eu tô aqui!'' Quando eu vi que ela tava ali, fácil, me senti como se tivesse pagado mico. E eu:''Cadê os meus tios?'' ''Ué! Estão lá procurando a gente! Vamos atrás deles!'' E eu:''Ai, não! Nós vamos ficar aqui procurando um ao outro eternamente?'' Não foi preciso procurar eles. Eles já tavam voltando com cara de desânimo. E eu:''Ah, que bom que tá todo mundo aqui! Agora vamos embora logo, antes que mais alguém suma!'' E fomos.

UMA CARTA PRO PADRE WILSON

Eu escrevi uma carta pro padre Wilson. O início eu não me lembro muito bem. Só sei que começava falando que sentiremos saudade, ''que Deus lhe abençoe''. E terminava mais ou menos assim:                                                                                           

VISITANDO O PADRE WILSON

Nossa, é mesmo! Eu esqueci de contar que o padre Wilson foi na casa da vovó porque ele já tinha ficado por seis anos em nossa cidade e agora tava indo pra outra cidade. E fomos na missa nessa cidade. Eu e a vovó nos arrumamos e quando eu e a vovó chegamos no ponto do ônibus que ia levar todo mundo a vovó se encontrou com umas donas que são amigas dela e elas viram uma cena que já não as espantava mais:EU TAVA LEVANDO UM CADERNO E UMA CANETA! É que eu gosto muito de ler e escrever. E pegamos o ônibus. O tio Seugusto e a tia Fia já estavam no ônibus. E fomos. Quando chegamos na cidade, o motorista tava mei perdido. E tinha gente falando que se ele não achasse o caminho a gente ia atrasar pra missa. Mas a gente chegou uma hora mais cedo.

Jogando TODO MUNDO NA PISCINA!

Eu quando caí

E o mais legal foi quando começaram a pegar os homens da festa e jogar eles na piscina. E primeiro jogou um lá e eu ainda não sabia o que tava acontecendo. E eu:''O que ele fez?'' E eles:''Nada!'' E eu entendi quando jogou outros. E o amigo do filho do amigo do meu pai
ficou querendo que jogassem ele também. Mas não jogou. E depois eu fui no filho do amigo do meu pai e disse pra ele:''Adivinhe quem é agora!'' ''É o meu pai! Rará!'' Depois era o meu pai. Ele tentou escapar, mas não conseguiu. Os homens falaram:''Depois da gente nós vamos jogar as mulheres!'' Aí elas não gostaram da ideia. Só eu. Eu imaginei:''E se jogarem a mamãe? Não ia dar certo!'' Ela tava toda maquiada, de vestido e de cabelo arrumado. O cabelo dela sim ia virar uma BOMBA! O vestido dela ia boiar e a maquiagem saindo ia manchar a cara dela. ''Não é mesmo uma boa ideia.'' Pensei. ''Melhor jogar eu que já tô de cabelo molhado, sem maquiagem e com roupa pra nadar!''  Depois eu tava passando perto de um cara. Eu nem vi ele. E pensei em voz alta:''Ai, como eu gostei da ideia!'' E o cara que tava perto de mim ouviu e disse:''Gostou, é? Então vamos jogar você lá!'' Aí eu me entusiasmei. E fiquei tão entusiasmada que eu quase pulei de óculos e de relógio. Sorte que uma mulher viu e falou pra eu tirar. E jogaram. E depois  o amigo-do-filho-do-amigo-do-meu-pai chegou em mim e perguntou se é bom. E eu disse que sim. Depois começou a ficar nublado. E as mulheres chamaram a gente pra sair da piscina. O filho-do-amigo-do-meu-pai e o amigo dele falaram que só iriam sair quando começasse a chover. Eu também disse isso. Mas não saímos nem quando começou a chover. Depois tomamos banho e fomos embora!