Viviane e Isadora

A minha irmã mais nova, Viviane, quis dormir comigo. E acordei 6 horas da manhã com ela na porta, gritando:"Mãe!" A vovó pegou ela e dormiu com ela. Dormimos de novo. 8 horas ela passou pra minha cama e me acordou. Tomamos café. Mais tarde almoçamos. Depois já era noite. Eu estava jogando um jogo do celular da vovó e mostrando pra Vivi. E teve uma parte que o menininho do jogo corria de um incêndio. E a Vivi disse:"Eu quero que o fogo pega ela!" Pra ela não existe ''ele''. Eu disse:"Cê quer que o fogo pega ele, né, sua amiga da onça!" "Sô miga da onça não!" "É sim!" "Sô não!" "É sim! Eu vi você indo na casa da onça, tomando chazinho com ela..." "Tô tomando sazinho não!" "Estava sim! E você disse que é amiga dela, que eu ouvi!" E a tia nos ofereceu mais comida. A gente recusou, porque senão daqui a pouco a gente vai virar umas plasmódias gordas! Aí eu desenhei no caderno eu e a Vivi gordonas. Depois fomos dormir.

15 minutos fora de casa... veja só no que deu!

No outro dia a gente acordou 8:00 da manhã, tomamos café e fomos conversar. A mamãe contou:"Teve um dia que o pai (vovô) foi capinar a porta da minha casa e ele só ficou lá fora por 15 minutos e já aconteceu tudo:
- Ele capinou e juntou tudo.
- Aí passou um menino de bicicleta fugindo da polícia e bagunçou tudo. 
 - Depois passou a viatura da polícia atrás do menino.
- Ele juntou tudo de novo.
- Aí passou um carro e mandou água no vô.
- Ele ficou todo molhado e juntou tudo de novo.
- Aí passou um cara de carro que perguntou:"Ué! O que você tá fazendo aqui? Tá morando aí?
- Depois chegou umas mulheres puxando conversa.

Saindo de novo

Acordamos, brinquei com as meninas, almoçamos, e mais tarde fomos eu, vovó e tia Lorena sair. Passamos em várias lojas. Paramos em uma de roupas. A vovó ficou uns 15 minutos só pra escolher 3 blusas. E ela foi pro provador.  Eu ri e comentei com a tia Lorena:"Já pensou? A vovó tá lá trocando de roupa, e a gente em cima espiando!" E um menino com cara de ter 10 anos apareceu chutando uma bolinha de jornal. Ele tentou abrir um provador. A tia Lorena disse sorrindo:''Tem uma pessoa aí! E essa bolinha aí?'' E aquela de "espiar a vovó" já tinha perdido a graça. Mas eu, a tia Lorena e o garoto ficamos lá rindo do não-sei-o-quê, sem nenhum motivo. Uma moça saiu do provador, talvez a mãe do menino. E eles foram embora. A vovó mostrou a primeira blusa. Não tinha ficado muito boa. Ela entrou de novo pra provar a segunda blusa. Um homem saiu do provador ao lado do da vovó. A tia Lorena disse:''Ana, esse é o provador masculino!" "O QUÊ?" "É! O homem saiu agora!" Eu disse:"Não é não. Não tem nada escrito 'feminino-masculino'." Eu comentei com a tia que eu já aprendi uma lição:"NUNCA CORRA ATRÁS DE SEU IRMÃO MAIS NOVO SEM VER PRA ONDE VOCÊS ESTÃO INDO". Contei que uma vez minha irmã do meio saiu correndo e eu fui atrás dela. Ela entrou num banheiro e eu também. Eu vi que tinha lá uma mulher se arrumando de frente ao espelho e disse:"Ainda bem que você entrou no banheiro feminino, Bela! Se fosse o masculino..." Aí apareceu uma menina com cerca de 14 anos, mas ela não entrou. Só chegou na porta e disse:"Ei! Esse é o banheiro masculino!" E no final era mesmo. Mas também... lá não tinha nem placa falando feminino-masculino! E caiu uma chuva forte. Depois que ela parou, compramos bonés e muitas lojas depois já tinha dado 2 horas que a gente tava na rua! 

PASSEANDO DEBAIXO DA CHUVA

Um dia antes, minhas irmãs tinham ganhado balões daqueles que voam. E a minha irmã do meio falou:''Isadora, eu vou te dar meu balão!" E eu, boba, acreditei! Peguei o balão, e ela saiu correndo segurando ele. Eu entendi: Ela fingiria que tava me dando o balão, eu tentaria pegar e ela sairia correndo com ele. Mas ela não contava que eu fosse mais rápida e pegasse o balão. Aí a cordinha que prendia o balão saiu e ele começou a esvaziar. E, é claro, ela ME CULPOU! Mais tarde eu, a vovó e a tia Carol resolvemos sair comprar umas coisas. E a gente foi andando olhando como se nunca tivesse visto a cidade. Paramos na sorveteria e tomamos muuito sorvete. Depois começou uma chuva fininha. A vovó e a tia tinham trazido guarda-chuva. Eu não. Fiquei com a tia no guarda-chuva dela. Me molhando um pouquinho. Mas eu tava adorando. A chuva começou a ficar muito grossa! E eu amei, mas aí começei a sentir muito frio, e eu quis ir embora logo. Mas a gente ainda ia ter que passar na loteria, no supermercado, e depois pra casa. Mas a gente tava muuuito longe dos dois.                                                                                     Chegamos e fizemos as compras. A chuva tinha ficado fina, depois tinha engrossado de novo. Mas agora era só subir duas ruas e a gente iria chegar em casa! VIVA! A tia Carol parou perto de um carro preto pra conversar com a vovó. Eu ri. A vovó perguntou:"Por que você está rindo?" "Quando a tia parou perto do carro eu pensei por um instante que que ela iria entrar nele pra se refugiar da chuva. E ela iria nos chamar pra entrar também. A gente entra e descobre que o carro é quentinho e a gente deita lá pra descansar. Uns quinze minutos depois chega o dono do carro. Ele é muito bravo. E fica mais bravo ainda quando vê a gente! Manda a gente sair. A tia paga ele pra ele deixar a gente ficar lá por uma hora. Ele aceita. A gente fica lá, na boa, dormindo por uma hora. Termina o prazo e ele nos expulsa de lá. Mas a chuva tava grossa e mais forte que nunca! A tia revira a bolsa pra pagá-lo por mais uma hora, mas aí... o dinheiro acabou! Aí a gente vai ter que ir embora!" Logo chegamos. O tio Geraldo disse, ao nos ver:"Mas vocês são muito  animadas! Saem até na chuva!"